Theodora guarda em uma caixinha de madeira forrada de veludo preto suas maldades. Não todas, porque não há espaço suficiente, mas tão-só as mais bonitas. As que reputa mais requintadas.
Vez ou outra, semeia-as em algodões úmidos e coloca-as ao sol, para vê-las germinar, observar a trasnformação dos cotilédones em folhas miúdas e, logo em seguida, a sua morte.
São tristes os raminhos mortos das maldades bonitas. São também bastante eficientes quando utilizados como adubo orgânico.
Theodora não vê graça nas bactérias, porém vê na tristeza um certo charme. Charme fecundo que mantém em uma outra caixinha, aberta somente em ocasiões especiais.
Um comentário:
Theodora, tão humana
Em demasia.
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